Sempre nos entregamos, tiramos a armadura e ficamos nus esperando o abraço quente que nos ampara, com amor, com vontade... A proteção mais perfeita...
Esperava...
Mas o vi parado... Talvez sem saber o que fazer.
Em meio àquele ambiente sujo, ameaçador, cheio de inimigos e predadores, só queria estar protegida.
Tirei minha armadura pra recebê-lo, senti-lo e caminharmos juntos, porque sei que essa união protege mais do que qualquer metal trabalhado que eu vista.
Estendi minha mão e vi seu rosto espelhando uma hesitação em pegá-la... Isso doeu como se tivesse sido apunhalada no peito.
O cinza e o frio só aumentaram... Minha mão esperava...
Cinza...
Encolhi-me, procurei não desistir... Até que o frio começa a ficar insuportável...
Hipotermia.
Foi assim que morreu algo em mim.
Que imaginação... ¬¬
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