segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

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E mais uma vez criei expectativas. Sempre crio expectativas para as datas. Há três anos atrás o telefone tocava. Era você aflito, afoito, gaguejando, querendo saber como eu estava. Queria me ver. Poderia estar chovendo, nevando, tempestade de areia e de vento. Não importava. Você queria me ver.

E hoje? Bom, hoje você me fala assim "até queria sair pra te ver, mas está chovendo!", "até queria sair pra te ver, mas está tarde", "até queria sair pra te ver, mas e se precisarem de mim aqui?".
Não, você não "até queria sair pra me ver"!
As coisas mudam... E mudam muito! Mas que engraçado, em mim não mudou nada a vontade de te ver. Só foi adicionada a ela um pouco de angústia.

"Não esperar nada de ninguém." Um clichê.
Odiamos clichês, tão batidos, tão manjados. Mas ao mesmo tempo, tão verdadeiros.